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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

LEITURA

É viajar sem sair do lugar.
É viver uma aventura usando a imaginação.
É expressar sentimentos;
é sorrir e chorar;
é alimentar nossos sonhos,
saber esperar.
A leitura educa,
transforma os seres humanos.
É importante para alguns,
inexistente para outros.
Ela é esperança,
força e fragilidade,
paz e tranquilidade.
É a descoberta do novo,
a busca, a realização.
É o antigo e o novo,
o ontem, o hoje e o amanhã.
Ela traz felicidade
e faz bem ao coração,
porque a leitura é vida,
ela é tudo de bom...


Professora Elaine Maria Jablonski Erstling
Ensino Médio e Fundamental
Escola Estadual Athayde Pacheco Martins de Ubiretama

Ser professora

Aprendi a ler e escrever com facilidade, nunca tivera maiores problemas com a Língua Portuguesa. No meu Ensino Fundamental tive pouca gramática, as atividades que meus professores desenvolviam em sala de aula eram: texto, interpretação e produção textual.

No Ensino Médio tive um professor que trabalhava somente a gramática, regras e mais regras sem contextualização, o que se tornava um pouco difícil para mim, pois até então não havia visto quase nada sobre morfologia, sintaxe, concordância...

Na universidade enfrentei dificuldades, pois os professores não estavam preocupados com a história de cada um, não respeitavam as individualidades, tínhamos que escrever bem, já que estávamos cursando Letras.

O fato de gostar de ler quando criança e adolescente ajudou-me a compreender muito mais a gramática e a construção da escrita, do que todas aquelas aulas de gramática fora do texto. Hoje compreendo que a gramática só tem sentido dentro do texto. Como meus professores não sabiam disto?

Bem, hoje como professora de Língua Portuguesa e Literatura , procuro desenvolver no meu aluno a capacidade de observação, de criar conceitos a partir de tudo que vê, que ouve e que lê.

Procuro ensinar a língua materna com significados , desde a importância da comunicação até como essa comunicação é complexa em sua construção, fazê-los entender que falar e escrever é uma arte individual e que deve ser aperfeiçoada na escola.

Incentivo muito a leitura, acredito muito no aluno que lê, uma vez que a intertextualidade está presente em todo e qualquer texto, assim quanto mais o aluno lê melhor ele escreve. Quando lemos nos apossamos do ponto de vista dos outros, fazendo-nos seres humanos melhores.

Quanto mais estudo, mais questiono o meu trabalho, muitas vezes fico feliz com o progresso dos meus alunos, mas , às vezes também fico frustrada quando percebo que alguns alunos não avançam na escrita como deveriam.

Enfim, quando penso na aluna que fora, dou-me conta de que o que ficou gravado em minhas lembranças foi o que professores conseguiram trabalhar mexendo com minha emoção. Assim,enquanto professora acredito principalmente no amor, na compreensão, na empatia, na troca, na humildade em reconhecer que precisamos aprender todos os dias.

Professora Elisete Marisa Czapla
Colégio Estadual Athayde Pacheco Martins – Ubiretama - RS

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

INCLUSÃO ESCOLAR DE PNEE

Ana Maria Klidzio




Na natureza convive-se com as diferenças, na sociedade também. A cultura social e o modelo econômico procuram padronizar, tornar todos iguais, porém, nada mais verdadeiro do que afirmar que somos todos diferentes. Diferenças estas muito presentes em sala de aula. Por vezes, os “mais diferentes” podem se perder na multidão ou ser escondidos pelas famílias, mas, é na escola onde os alunos são postos frente a frente, que as diferenças aparecem ou são criadas desigualdades que vão acabar em exclusão.

A inclusão de PNEE (Pessoa com Necessidades Educacionais Especiais) na escola regular é um grande desafio. Uma caminhada, onde os resultados aparecem em longo prazo. Para MANTOAN (2003, p. 25), “a inclusão é uma provocação, cuja intenção é melhorar a qualidade do ensino das escolas, atingindo todos os alunos que fracassam em suas salas de aula”. Uma vez que a inclusão não atinge apenas alunos com deficiências e os que apresentam dificuldades de aprender, mas todos os demais, é urgente uma mudança de perspectiva educacional.

Cada aluno é um aluno, é único; e como tal deve ser considerado e tratado. “O respeito à autonomia e a dignidade de cada um é um imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder uns aos outros”.(FREIRE, 1996, p. 66) E este deveria ser um dever ético dos profissionais da educação. A escola assumindo a realidade do aluno e valorizando as diferenças individuais, pode resolver, diminuir a intensidade ou, ainda, evitar que se acentuem as dificuldades enfrentadas por alunos “comuns”, mas portadores de NEE.

Falar de inclusão e trabalhar com as diferenças sempre foi um desafio para as escolas. “A inclusão é produto de uma educação plural, democrática e transgressora. Ela provoca uma crise escolar, ou melhor, uma crise de identidade institucional, que por sua vez, abala a identidade dos professores e faz com que seja ressignificado a identidade do aluno”. (MONTOAN, 2003, p.32). No entanto, a escola não pode continuar neutra ou ignorando as diferenças. O desenvolvimento educacional do século XX tornou a escola aberta e obrigatória para todos. Trabalhava-se com o aluno padrão e os que não acompanhavam tal processo passavam a ser rotulados. Estes foram encaminhados a escolas especiais e jamais voltaram para a regular.

A Constituição Federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB de 1996) asseguram o atendimento educacional especializado aos portadores de necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino. E, esta norma tem causado grande preocupação para os professores. Não há uma preparação para se trabalhar com portadores de NEE. Segundo Feltrin (2004, p.86), “as escolas têm obrigação de receber o aluno com NEE, e existem tentativas para providenciar atividades e atendimento àqueles que não conseguem acompanhar o desenvolvimento ‘normal’ da classe”.

A inclusão também se legitima, porque a escola, para muitos alunos, é o único espaço de acesso aos conhecimentos. É o lugar que vai proporcionar-lhes condições de desenvolvimento e de se tornarem cidadãos, alguém com uma identidade sociocultural que lhe conferirá oportunidade de ser e de viver dignamente. Incluir é necessário para melhorar as condições da escola, de modo que nela se possam formar gerações mais preparadas para viver a vida na sua plenitude, livremente, sem preconceitos, sem barreiras.

Quando falamos em inclusão escolar é necessário deixar claro que não se trata de simplesmente acolher a PNEE na escola. “Mas de todo o sistema que, também na prática, deveria ser inclusivo, dispor de recursos materiais e humanos para o atendimento conveniente dos alunos que demandam esses serviços”. (FELTRIN, 2004, p. 63). Deve-se levar em conta, que a inclusão necessita oferecer meios para que a pessoa com necessidades especiais possa se desenvolver. Na concepção inclusiva e na lei, esse atendimento especializado deve estar disponível em todos os níveis de ensino, desde a educação infantil até a universidade. Acredito que a inclusão de PNEE na escola regular é importante para sua socialização. Contudo, não podemos ignorar que alguns portadores de necessidade especiais não possuem condições de permanecer na escola devido à gravidade de sua deficiência. A escola pode ser, neste caso, um meio a mais para possibilitar uma maior socialização com as demais crianças, mas não traz condições para um desenvolvimento cognitivo.

Existe um relacionamento profundo entre escola e a sociedade. Na escola se cria um ambiente no qual é possível refletir sobre a igualdade dos direitos. As pessoas com NEE são parte da sociedade e querem desempenhar nela um papel social. Querem participar das iniciativas de planejar os serviços a elas destinados e reivindicar a oportunidade de exporem suas idéias, necessidades e sentimentos sem a mediação de outras pessoas. Por isso, “incluir é necessário, para melhorar as condições da escola, de modo que nela se possam formar gerações mais preparadas para viver a vida na sua plenitude, livremente, sem preconceitos, sem barreiras”. (MANTOAN, 2003, p. 53). A sociedade convive com as diferenças que são encaradas com normalidade. É importante que crianças de diferentes faixas etárias e condições sociais convivam na sociedade numa forma de aprendizado e contemplação mútua. É preciso conviver e pensar as diferenças desde a infância.

O movimento inclusivo, nas escolas, por mais que seja muito contestado, é aparentemente um meio para se desenvolver uma consciência ética frente o ser diferente. É um compromisso e um desafio para nós educadores, de fazer a inclusão um sonho possível.


BIBLIOGRAFIA
FELTRIN, Antonio Efro. Inclusão social na escola: quando a pedagogia se encontra com a diferença.São Paulo: Paulinas, 2004. 167p.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 12.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996. 165p.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar: o que é? por quê? como fazer? São Paulo: Moderna, 2003. 95p.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

LEITURA NAS SÉRIES INICIAIS

Elisete Nickel Chejovich*


Atualmente as exigências educativas da sociedade contemporânea são crescentes e estão relacionadas às diferentes dimensões de vida das pessoas: ao trabalho, à participação social e política, à vida familiar e comunitária, às oportunidades de lazer e desenvolvimento cultural entre outras. Neste sentido, a qualidade de ensino nas escolas é fundamental, sua principal função é atender às novas exigências educativas que a própria vida cotidiana impõe de maneira crescente no meio social.

Um dos instrumentos imprescindíveis para a formação de cidadãos críticos, autônomos e atuantes, nesta sociedade em constante transformação, é a leitura. Está comprovado que o educando adquire a prática e o gosto pela leitura, principalmente nas séries iniciais. Desta forma, o professor das séries iniciais tem uma grande responsabilidade em suas mãos, oferecer ao aluno leituras que possibilitem uma reflexão sobre o contexto social em que vive.

A velocidade das novas linguagens invadiu o cotidiano escolar, atropelando o ritmo harmônico do aprendizado e interesse pela leitura. Nesta perspectiva, o professor deverá ser sempre um interlocutor ativo e atento nas atividades de leitura. A motivação e o desenvolvimento dos mais variados gêneros textuais em sala de aula poderá servir como meio de atração e interesse pela leitura, ou seja, ser uma maneira ideal para ensinar a ler e escrever bem.

Portanto, uma das principais tarefas do professor das séries iniciais é instigar e promover leitores que estejam à procura de respostas às suas próprias indagações, tão necessárias nos novos tempos, em que as mudanças são rápidas e acabam atropelando o próprio saber humano.

*Professora do Colégio Estadual Athayde Pacheco Martins – Ubiretama -RS